A maior parte do processo de transformação do azeite segue sendo o mesmo que no tempo dos nossos antepassados: mecânico. As máquinas é que são diferentes: melhor potência, mais rapidez, melhor higiene. A temperatura é agora mais fria e controlada. Não se sobe a cima de 27°: regra fundamental para respeitar a fruta da oliveira e obter um azeite virgem-extra. Os computadores vêm tudo, nós controlamos e ajustamos. Na Ramos Lagar, trabalha-se junto com a tecnologia.
A paixão pela oliveira cuja cultura é ancestral, sempre esteve na mente da família Ramos. Hipnótica, orgulhosa, inquebrável, assim é como definimos a oliveira.
Durante anos, a família adquiriu olivais antigos e pela maior parte, abandonados: resultado da deserção da região ao favor das cidades. Mas foi em 2018 que Luis e Augusta iniciaram o projeto da construção do lagar de azeite nos Cótimos. Uma ambição cujo objetivo é dinamizar, à sua escala, a atividade económica da freguesia assim como valorizar esse terroir que nos corre pelas veias.
Frescura. Mecanizada para otimizar o cuidado da árvore e da fruta e para a azeitona chegar fresca ao lagar.
Preparação. Eliminam-se galhos e folhas. Passagem por água: frescas e lavadas para serem transformadas.
Prensagem. Polpa e caroço juntos. Sempre juntos. Passam pelo moinho para se transformarem numa massa untuosa.
Malaxagem. Lento e contínuo, uma hora para as gotículas do azeite se juntarem em gotas de maior dimensão.
Separação. Dum lado o bagaço composto da polpa e do caroço. Doutro lado o azeite bruto com certas impurezas.
Limpeza. Sai finalmente o azeite pronto para enviar aos depositos. Do outro lado, águas com impurezas restantes.
Análise da massa. Análise do bagaço. Percentagem de gordura na matéria seca. Percentagem de humidade.... Vários parâmetros a cuidar para otimizar a utilização das máquinas, o rendimento da azeitona e a qualidade do azeite. A tecnologia ao serviço do bem. O objetivo é sempre o mesmo: excelência. Para nós, para si, para todos.
